sexta-feira, 27 de julho de 2012

Planejar? Pra que?


                                                                                                                              MACEDO, Maria de Lourdes L.
Caros colegas, enquanto professora, com certeza posso afirmar que o ato de planejar se faz necessário. Não estou falando algo que não conheço e que nunca coloquei em prática, pelo contrário, falo do que tenho experiência tanto em sala de aula,bem como em outras áreas de atuação. É que na verdade, “só no chão da fábrica” que aprendemos.
 É certo que alguns pesquisadores da área, nunca estiveram no “chão da fábrica”, na sala de aula, mas são doutores e “possuem” condições para discorrer, criticar, valorar, essa ou aquela situação didática pedagógica. Mas, nós professores, podemos com certeza, a partir de um conhecimento pratico, técnico e teórico, falar com mais propriedade do que um “doutor”.
Com base nesta premissa, venho tecer alguns comentários a respeito do PLANEJAMENTO, mesmo que alguns educadores, não concordem muito com as colocações expressas neste pequeno texto. Não importa, na verdade meu desejo é propiciar através desta leitura uma reflexão conjunta.
Afinal de contas, o que é planejar para você educador?O planejamento está presente em nosso dia-a-dia, mesmo que implícito, como o caso da pessoa que, ao levantar-se pela manhã, pensa no seu dia, no que vai acontecer ao longo dele. Como não se tem certeza do que realmente irá acontecer no passar dessas vinte e quatro horas, a pessoa obriga-se a pesar, prever, imaginar e tomar decisões. Contudo, ela sempre espera tomar as decisões mais acertadas, para que sua ação alcance os objetivos esperados, mesmo não tendo consciência, está realizando um planejamento,  está fazendo o uso do ato de planejar.
Nós, educadores, no ato de planejar, necessitamos ter alguns indicadores em mente: Como, Para Quem, Com Qual Visão Pedagógica, Com Que Objetivo Eu Planejo? Se você planeja apenas para cumprir uma exigência administrativa, por favor, deixe de hipocrisia. Um educador que se preze, planeja com sentido, com estrutura, com objetivo, visto ser ele um educador e não uma pessoa que apenas ocupa uma função, para ganhar um tal recurso financeiro mensal para pagar as suas contas.
Afinal já descobriu qual é sua profissão? Se for a de Educador, e se você hoje está na sala de aula, já leu e estudou a LDB? Faz parte de sua bibliografia os autores: José Carlos Libâneo, Cipriano Carlos Luckesi, Celso Vasconcelos? São autores que despertam a motivação para entender e rever os conceitos, e na maioria dos casos, firmar que está no caminho correto, e fundamentalmente, que planejar é necessário.
Entendamos que essa necessidade não deva ser apenas a de cumprir exigências, mesmo que façam parte do Sistema. Mas que o Planejar seja flexível e não uma camisa de força. Um planejamento flexível passa a ser o orientador de nosso fazer pedagógico na sala de aula, mas se não for desenvolvido passo a passo,  será um crime.  Uma coisa é certa, em qualquer momento, alguma das ações previstas pelo planejamento não serão concretizadas, mas, saibamos que isto ficará por conta de fatores adversos, que são difíceis de serem previstos, ou seja, significa que se algo não for realizado como estava previsto no planejamento, uma explicação lógica para a sua não realização deverá partir do professor para justificar a tal mudança.
Por que professores se acham desmotivados com a metodologia do planejar? Quando planejar é um ato mecânico, uma burocracia, apenas um documento a mais,  desacreditamos nos resultados de nossas ações e deixamos de realizá-las. Desta forma, a dificuldade em nãoplanejar está em quem? Na Instituição que cobra, faz parte da legislação educacional vigente, ou do proceder do educador? Mudar os paradigmas e buscar melhor atuação da prática, e com certeza, enxergar a necessidade e a importância do planejamento.




2 comentários:

  1. Essa matéria realmente vem agregar maiores conhecimentos e certamente propiciar um ato reflexivo ao educador no que se refere a planejar suas aulas. Uma vez que, planejar é um ato essencial para o alcance do sucesso de qualquer pessoa, especialmente, no quesito educação.

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  2. “Os dois grandes males que debilitam o ensino e restringem seu rendimento são: a rotina, sem inspiração nem objetivo e a improvisação dispersiva, confusa e sem ordem. O melhor remédio contra esses dois grandes males é o planejamento”.
    (Luiz Alves de Mattos)

    I. CARACTERÍSTICAS DE UM BOM PLANEJAMENTO DE ENSINO


    1. Unidade. No planejamento, é fundamental fazer convergir todas as atividades para a conquista dos objetivos visados; eles são a garantia de unidade da operação docente.

    2. Continuidade. Sem planejar o professor corre o risco de perder o fio da meada, dispersando-se e valorizando pontos secundários em detrimento de pontos prioritários da matéria. O professor precisa prever todas as etapas do trabalho em pauta, desde a inicial até a final.

    3. Flexibilidade. Se durante a execução do planejamento, o professor perceber a impossibilidade de cumpri-lo em razão de um imprevisto qualquer, poderá alterá-lo sem problema, desde que não se distancie dos principais objetivos. O plano, mesmo em marcha, pode ser modificado ou reajustado sem quebra de sua unidade e continuidade.




    4. Objetividade e realismo. O plano deve ser objetivo e estar baseado nas condições reais e imediatas de local, tempo, recursos, capacidade e preparo de seus alunos. De que adianta planejar a utilização de recursos didáticos de alta tecnologia se na sua Escola não há possibilidade sequer de ter um quadro-de-giz de qualidade? Se esse for o caso, o planejamento, baseado na irrealidade, só causará frustração.

    5. Precisão e clareza. É preciso caprichar nos enunciados do planejamento. O estilo deve ser sóbrio, claro, preciso, com indicações bem exatas e sugestões bem concretas para o trabalho a ser realizado. Um planejamento com enunciados mal elaborados, poderá dificultar a tomada de decisão.

    Espero que os professores leiam e reflitam!!

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